terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma nova forma de comunicação...

Recentemente, participei de um Curso de Formação de Ecovilas em Terra Una (http://www.terrauna.org.br/) é um dos pontos abordados no curso foi o conceito de ''Comunicação Não-Violenta'' (CNV). Acredito que esse conceito é de grande valia para as empresas e também uma excelente forma de melhorar a satisfação e felicidade no ambiente de trabalho. Os modelos atuais de diálogo muitas vezes utilizam o medo, a vergonha, a acusação, a coerção ou as ameaças.

A ''Comunicação Não-Violenta'' (CNV) é um processo de pesquisa continua desenvolvido por Marshall Rosenberg (psicólogo clínico de formação) e uma equipe internacional de colegas, que apoia o estabelecimento de relações de parceria e cooperação, em que predomina comunicação eficaz e com empatia. Enfatiza a importância de determinar ações a base de valores comuns. Quando usada como guia na co-construção de acordos a CNV pode tomar a forma de uma série de distinções, entre as quais:
·      distinção entre observações e juízos de valor
·      distinção entre sentimentos e opiniões
·      distinção entre necessidades (ou valores universais) e estratégias
·      distinção entre pedidos e exigencias/ameaças

Uma comunicação à base destas distinções tende a evitar dinâmicas classificatórias, dominatórias e desresponsabilizantes, que rotulem ou enquadrem os interlocutores ou terceiros. A CNV enxerga uma continuidade entre as esferas pessoal, inter-pessoal e social, e proporciona formas práticas de intervir nelas.

Aqueles que se apoiam na Comunicação Não-Violenta (chamada também de "comunicação empática") consideram que todas as ações estão originadas numa tentativa de satisfazer necessidades humanas, mas tentativas de fazê-lo evitando o uso do medo, da vergonha, da acusação, da idéia de falha, da coerção ou das ameaças.

O ideal da CNV é conseguir que nossas necessidades, desejos, anseios e esperanças não sejam satisfeitos às custas de outra pessoa. Um princípio-chave da Comunicação Não-Violenta é a capacidade de se expressar sem usar julgamentos de "bom" ou "mau", do que está certo ou errado. A ênfase é posta em expressar sentimentos e necessidades, em vez de críticas ou juízos de valor.

Rosenberg, aplicou o modelo de Comunicação Não-Violenta em programas da paz em Ruanda, Burundi, Nigéria, Malásia, Indonésia, Sri Lanka, Oriente Médio, Sérvia, Croácia e Irlanda. As contribuições teóricas e práticas de Rosenberg são amplamente utilizadas nas áreas de mediação e definição dos conflitos e são usadas por alguns mediadores em seu trabalho.

O psicólogo escolheu a comunicação conhecida como "não-violenta" para falar aproximadamente da filosofia de Mohandas Gandhi do ahimsa (ou não-violência). Não obstante, ao contrário de Gandhi, Rosenberg aprovava o uso defensivo da força - para evitar ferimentos, mas não com sentido punitivo (ou seja, com a intenção punir ou machucar alguém). Rosenberg afirma que esse desejo de punir e o uso de medidas punitivas existe somente nas culturas que têm visões moralistas do mundo, que usam as categorias de bom e mau. Ele diz que os antropólogos descrevem culturas em muitas partes do mundo em que a idéia de que alguém é "mau" não faz nenhum sentido, e que tais culturas tendem a ser pacíficas.



Leitura Recomendada:
Comunicação Não-Violenta - Técnicas para Aprimorar Relacionamentos Pessoais e Profissionais. 
Autor: Rosenberg, Marshall B.

Um comentário:

  1. Ei Taynã!
    Que jóia seu blog! Tb tenho um, dá uma olhada depois! =)
    Realmente foi muito interessante esse assunto e acrescentou muita coisa no meu cotidiano!
    Depois passarei aqui com mais calma para ler os outros posts.
    Beijos e até!!!

    ResponderExcluir