terça-feira, 26 de abril de 2011

O que está escondido debaixo do tapete (Por Yehuda Berg)

Infelizmente, a maioria dos relacionamentos fundamenta-se no interesse próprio, “O que vou ganhar em troca?”, não em simplesmente “dar” ou “fazer”. Estamos sempre pensando no que vamos receber em troca.

Fazer alguma coisa totalmente sem segundas intenções é muito difícil para nós. Se não recebermos em troca exatamente o que demos, vamos querer, pelo menos, algum tipo de reconhecimento. Isso também é condicional, e o benefício, temporário, insignificante. Precisamos lutar por coisas que duram.

A única coisa que devemos querer em troca é nossa própria Luz, nossa própria realização. Ou seja, se você se encontra num relacionamento, simplesmente dê e não se preocupe com o que vai ganhar em troca. Quando damos de coração, a energia volta. Não importa se a recompensa vem daquela pessoa ou de outra. Precisamos nos concentrar na troca verdadeira: a troca com a Luz do Criador.
Se quisermos ser um receptor para a Luz, precisamos agir como a Luz. Uma maneira de fazer isso é dar incondicionalmente. Geralmente, queremos dar condicionalmente, mas queremos que as pessoas nos deem incondicionalmente também. O universo não funciona dessa maneira. Se você agir de modo condicional, vai acabar com pessoas que agem de forma condicional.

Se estivermos sempre procurando o que vamos receber em troca, estaremos construindo um lugar para o caos. Se você quiser construir um lugar para a Luz brilhar, dê sem interesse próprio. Esqueça o que você poderia receber em troca.
Precisamos encontrar a força de compartilhar sem esperar nada em troca. É óbvio que não podemos dar continuamente a alguém que não faz nada para receber, porque seria Pão da Vergonha. Mas no dia-a-dia, abra seu coração e dê aos outros sem esperar algo em troca. Se receber algo em troca, ótimo.
Todos nós temos segundas intenções e treinamos muito para escondê-las. Mas ao fazer isso, criamos uma máscara, e as pessoas não conseguem ver quem somos de verdade. Alguns construíram uma carapaça, outros construíram uma camada fina, mas é difícil nos conectarmos uns com os outros através dessas barreiras.
Temos que compartilhar da essência mais profunda e verdadeira de nós mesmos.

Esta semana, procure fazer isto: ser verdadeiro – em relação a seus desejos, suas opiniões, seu lixo e seus dons.  Não é uma tarefa fácil, mas é fundamental para o processo de limpeza.
Não dá para limpar a casa sem tirar os móveis do lugar.
 
Tudo de bom,
 
Yehuda

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Deus e Eu


Você acredita que o Universo tenha tido um criador? E, se acredita, como se relaciona com ele? Será que você tem idéia de que a imagem interna que você tem de Deus pode influenciar sua vida, quer acredite nele ou não?

por Liane Alves| revista vida simples


A camiseta branca bordada com strass cintilava na vitrine. Era impossível desviar o olhar da frase que ela trazia: Who is your God? Ou: quem é o seu Deus? Diante dessa pergunta tão inesperada numa loja de shopping, nenhuma resposta seria melhor do que o silêncio. E mais perguntas: Quem é o Deus em que eu acredito? Quem está no lugar dele, se resolvi eleger outras prioridades na vida? Que relação tenho com ele? Íntima, distante, fria, ocasional? Ou realmente já fechei questão de que ele não existe?
Uma hora na vida a gente vai se fazer essas perguntas seriamente, com camiseta branca chamando nossa atenção ou não. E, quando a gente fizer, vale a pena escutar o que dizem as pessoas que já fizeram - e saber algumas das respostas que elas encontraram ou, então, o que as deixou perplexas e fascinadas. Pela quantidade de livros que falam do assunto atualmente, muita gente já colocou para si mesma essas questões. A mais recente onda, por exemplo, é a dos livros escritos por cientistas especializados em neurociência, genética, matemática, física e biofísica. Eles, como outros autores que se arriscam nesse tema, revelam dados surpreendentes. E você nem imagina quanto.
Se alguém quisesse deixar Einstein irritado, era só insinuar que ele era ateu. Não só ele não se considerava ateu, como nutria uma certa antipatia por quem não acreditava em Deus (calma, se você não crê, também existem grandes nomes da ciência que vão lhe dar razão). Segundo sua biografia recém-lançada, Einstein, de Walter Isaacson, o físico alemão costumava dizer que os ateus haviam conseguido se libertar dos grilhões por não acreditarem mais num Deus infantil, mas que ainda assim sentiam o peso das correntes por não conseguir conceber a idéia de um Deus revelado na harmonia do Universo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Felicidade Sim...


Eis aí uma coisa que todo mundo quer: ser feliz. Mas o que é ser feliz, afinal de contas? Como encontrar a felicidade? Será que realmente estamos preparados para ela?


Por Liane Alves | Revista Vida Simples

Felicidade é busca
Hoje é difícil entender por que os filósofos gregos insistiam tanto na virtude como solo firme para o nascimento da felicidade. Esse elo tão estreito é quase incompreensível na era da propaganda, do marketing e da televisão: quase ninguém associa mais virtude com o fato de ser feliz. Isso porque perdemos a pergunta-chave que antecede a maioria das teorias dos pensadores da Grécia. E a pergunta é: “O que torna uma vida digna de ser vivida?” Uma vida feliz só pode ser uma vida com significado, pensavam os gregos. E aí a virtude faz sentido. Dizia Aristóteles que a felicidade era a meta de todas as metas: tudo o que fazemos, no fundo, é para sermos mais felizes. Dinheiro, poder, são apenas meios para isso. Ele falava também que existem dois tipos de felicidade: a de uma vida virtuosa (a do homem bom, honesto e simples) e a nascida da contemplação (que pertencia ao mundo dos místicos e filósofos). Só eles poderiam se sentir felizes ao tentar compreender o sentido da vida ou ao buscar uma experiência espiritual que a preenchesse de significado.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Eu aprendi...


Eu aprendi
que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha;
 Eu aprendi
que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo;
Eu aprendi
que ser gentil é mais importante do que estar certo;
Eu aprendi
que nunca se deve negar um presente a uma criança;
Eu aprendi
que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma;
Eu aprendi
que não importa quanta seriedade a vida exija de você,cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto;
Eu aprendi
que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender;
Eu aprendi
que os passeios simples com meu pai em volta do quarteirão nas noites de verão quando eu era criança fizeram maravilhas  para mim quando me tornei adulto;
Eu aprendi
que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos;
Eu aprendi
que dinheiro não compra "classe";
Eu aprendi
que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular;
Eu aprendi
que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada;
Eu aprendi
que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa ?
Eu aprendi
que ignorar os fatos não os altera;
Eu aprendi
que quando você planeja se nivelar com alguém,  apenas esta permitindo que essa pessoa continue a magoar você;
Eu aprendi
que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas;
Eu aprendi
que a maneira mais facil para eu crescer como pessoa é me cercar de gente mais inteligente do que eu;
Eu aprendi
que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso;
Eu aprendi
que ninguem é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa;
Eu aprendi
que a vida é dura, mas eu sou mais ainda;
Eu aprendi
que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu.
Eu aprendi
que quando o ancoradouro se torna amargo, a felicidade vai aportar em outro lugar;
Eu aprendi
que devemos sempre ter palavras doces e gentis, pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las;
Eu aprendi
que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência;
Eu aprendi
que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito;
Eu aprendi
que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a;
Eu aprendi
que só se deve dar conselho em duas ocasiões: quando é pedido ou quando é caso de vida ou morte;
Eu aprendi
Que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.


O texto é uma coletânea de citações do livro: Live and Learn and Pass It On, Volume II: People Ages 5 to 95 Share What They've Discovered About Life, Love, and Other Good Stuff, escrito e compilado por H. Jackson Brown, Jr, lançado em 1995.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Reflexão sobre Acontecimento no Rio | Por Laurence Freeman

Sábado - Quarta Semana da Quaresma
Em um dia ensolarado, um jovem caminha em sua antiga escola com uma arma na mão e mata crianças. Tristeza indescritível e trevas invadem a alma dos pais frenéticos esperando lá fora. Perda irreparável chega instantaneamente - tão cruel como a força impessoal de um desastre natural - marcando algumas vidas para o resto de suas existências.

Queremos explicar o lado terrível da natureza humana, mas não podemos. Temos que aceitar a inexplicabilidade do mal ao lado do mistério do amor. Fazendo uma reflexão, podemos vislumbrar que o pior que há nos seres humanos pode surgir dos vazios escuros, onde o amor não pode tocá-los. Se existe alguma coisa que ousamos chamar de "significado" nisso, deve ser o de que somos enviados de volta à vida mais convencidos de que devemos amar uns aos outros como Ele nos amou. Que somente o poder do amor importa.

Temos que estar preparados para a morte seja do modo que ela vier. O nosso caminho espiritual é oco se não sentirmos que é uma preparação para a morte. Os mais bem preparados são os capazes de amar mais livremente aqueles indignos de amor, uma vez que os cantos escuros de nossos corações tenham sido exorcizados.

Não podemos explicar as tragédias que surgem de algum indivíduo, psiquê devastada, mas podemos mergulhar completamente na compaixão que eles geram. Amor, então, pode ser visto como o tsunami que engole todas as forças destrutivas e auto-destrutivas e cura o que parece não-curável. Além das palavras, abracemos nesse amor os corações partidos no Rio hoje.

Laurence Freeman, OSB 

Traduzido por Leonardo Winck Corrêa

Ame seu próximo (Por Yehuda Berg)

Há muito tempo os Kabalistas têm sustentado que a união mundial será um dia uma realidade física. E a forma através da qual isto irá ocorrer será quando um número suficiente de indivíduos viverem o princípio de “Amar o próximo como a si mesmo”.

Rav Yehuda Ashlag, que fundou o Kabbalah Centre em 1922, discutiu a importância da união em seu livro The Wisdom of Truth. Ele escreveu que as palavras “como a si mesmo” nos indicam que deveríamos amar o nosso próximo na exata medida em que nos amamos a nós próprios – e nem um pouquinho a menos. Isso significa que temos que desejar ser sensíveis às necessidades de cada pessoa com quem tenhamos contato, e nos importar com elas, da mesma forma como nos importamos conosco.

Muitos de nós passamos a maior parte do tempo cuidando dos nossos desejos e absorvidos pelas nossas dores, reais ou imaginárias. Dar o salto que permite sentir a dor do outro requer trabalhar um conjunto de ‘músculos’ totalmente diferente.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Trabalho e Reconhecimento / Sábado 3 ª Semana da Quaresma (Por Laurence Freeman)

Dificilmente você faz alguma coisa, que lhe exponha à atenção dos outros, sem se preocupar com a impressão que está causando. Se essa preocupação se torna demasiado forte ofusca a maneira como você trabalha e por fim, tudo o que voce faz pode ser apenas para causar efeito - para ganhar a atenção que o seu ego anseia. Um abismo de falsidade começa a ser aberto entre o que está fazendo e o porquê está fazendo. 

A alegria do trabalho diminui à medida que aumenta o seu apego ao resultado. 

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Quinta-feira - terceira semana da Quaresma (Por Laurence Freeman)

Desde que a humanidade desenvolveu a tecnologia temos visto frequentemente um tipo de competição com a natureza. Podemos melhorá-la, controlá-la, evitar os perigos que ela apresenta. Negar que temos essa capacidade e desejo seria romântico. Ser consciente de uma forma humana - diferentemente dos animais ou plantas - significa que estamos fora da ordem natural. Ou, talvez, podemos dizer que estamos na ordem natural de uma forma que exige uma resposta consciente. Portanto, ter o poder que a consciência traz também nos chama a ser moralmente responsáveis por nossas ações.