terça-feira, 29 de março de 2011

A Pergunta Motriz


POR AMÁLIA SAFATLE # COLABOROU CAROLINA DERIVI 
O que realmente importa?  Essa é a pergunta.  É a pergunta que a discussão da felicidade inspira, a ponto de provocar Eduardo Giannetti a unir as pontas da Filosofia e da Economia, em busca das questões viscerais do indivíduo e da civilização.  “Nós queremos ter mais tempo para conviver com os nossos amigos, nossos filhos, para buscar o conhecimento, para usufruir da natureza?  Ou queremos competir violentamente para consumir cada vez mais e ficar com uma sensação crescente de falta de tempo?”, pergunta o autor de livros comoFelicidadeAutoengano e O Valor do Amanhã (Companhia das Letras).
Ph.D. pela Universidade de Cambridge e professor do Insper, Giannetti esmiúça um dos grandes paradoxos da história humana, calcado no Iluminismo, quando se fez acreditar que o aumento contínuo da prosperidade elevaria o grau da felicidade.

domingo, 20 de março de 2011

Abrindo Mão do "Eu" pelo "Nós" ( Por Yehuda Berg)

O bom senso nos diz que o que dizemos e fazemos é um reflexo do que pensamos e acreditamos.  O Zohar coloca a seguinte questão: já que nossas ações são uma manifestação do pensamento, por que não nos concentrar em como pensamos em vez de como nos comportamos? Não é mais fácil lidar com alguma coisa antes que ela se transforme em outra coisa?  Quando o caos se manifesta já é tarde demais.

Não se discute que a consciência seja de importância vital.  Mas o que realmente importa é o que dela resulta.

Sábado da Quaresma - Semana 1 (Por Laurence Freeman)

Traição e brutalidade na Líbia. Um massacre de pessoas inocentes orando no Iêmen. Uma sequência, como em  Jó, de catástrofes naturais e perdas imensas no Japão. É difícil, às vezes, acreditar na bondade intrínseca da natureza humana ou na benevolência da natureza. No entanto, o que conta é a resposta ao sofrimento e à violência .  E a maneira como as pessoas tomam medidas nestes momentos ilumina a verdade que sempre é mais profunda do que as aparências e primeiras reações.

Uma das qualidades que demonstram que o ser humano é capaz de se elevar acima de desastres e desilusões é a capacidade de auto-controle e auto-sacrifício. Quando essa capacidade é perdida, a humanidade sofre uma perda de identidade, uma regressão para algo escuro e deprimente que nos aterroriza se não conseguimos  integra-lo e transcende-lo.

A religião é muitas vezes condenada hoje por sua negatividade e tacanhez de espírito. E, como na arte ou nos negócios, também na religião você pode encontrar boas ou más práticas ,e resultados. O cristianismo é muitas vezes caricaturado como uma religião de repressão e dedos apontados contra o prazer. No entanto, como esta temporada tenta lembrar-nos, a arte da felicidade depende de nossa capacidade de moderação e compaixão. Não podemos encontrar satisfação em detrimento dos outros, ou apegar-nos à nossa própria segurança deixando de satisfazer suas necessidades .Há um tempo para comemorar e seguir os instintos, mas ele é sempre equilibrado por um tempo de disciplina e paciência.



Nada nos mostra isso mais clara e intimamente - e nos prepara para aplicá-la constantemente na vida diária – do que a prática da meditação.

Laurence Freeman

traduzido por: Leonardo Winck Corrêa   e Evangelina Oliveira

segunda-feira, 14 de março de 2011

Você não é uma ilha...(Por Yehuda Berg)

Na semana passada falamos sobre a importância de obter ajuda na nossa jornada. Uma das reações àquela Sintonia me fez lembrar de uma história:

Há centenas de anos atrás, vivia um kabalista sábio e solitário. Ele não possuía um mentor, mestre ou parceiro. Ele sabia que não podia se transformar sem a contribuição de outra pessoa, de forma que sempre pedia ao condutor da sua charrete que lhe dissesse o que estava fazendo de errado.

Se ele não podia se transformar sozinho, muito menos nós.

Leitura Semanal : Meditação Cristã


Laurence Freeman OSB, COMMON GROUND: Letters to a World Community of Meditators (New York: Continuum, 1999), pgs. 104-105.
Tradução de Roldano Giuntoli

O grande risco que assumimos na meditação é, antes de mais nada, o de sermos nós mesmos.  Este é o primeiro passo.  Se não déssemos o correspondente próximo passo, jamais nos moveríamos de onde estamos; estaríamos saltando em uma só perna toda a nossa vida.

 O próximo passo é o de assumirmos o risco de deixar que os outros sejam eles mesmos.  A maneira de fazermos isso é percebermos que a realidade deles é distinta da nossa.  E, percebê-los como reais é amá-los.  Iris Murdoch escreveu certa vez que “o amor é a percepção do indivíduo”.  Ela seguiu dizendo, “O amor é essa compreensão, extremamente difícil, de que algo além de nós mesmos é real.  O amor e, assim também, a arte e a moralidade, é a descoberta da realidade.  O que nos choca, nessa compreensão de nosso destino supersensitivo, é uma indizível particularidade.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Palestra: A Meditação como ferramenta para alcançar sustentabilidade pessoal e corporativa: evidências científicas e experiência prática.

Palestrante: Dr. Fernando Bignardi
Data: 11/03/2011 às 19:30
Abordaremos neste encontro os motivos que nos levaram a adotar um modelo multidimencional de ser humano, oriundo da cosmologia Quântica (segundo Amit Goswami) e os resultados decorrentes na promoção de saúde e sustentabilidade em pessoas e organizações, adotando uma atitude acadêmica transdisciplinar. Com este entendimento, reconhecemos a meditação como uma ferramenta singular no regate da conecção do indivíduo com sua própria dimensão essencial, bem como com o "campo arquetípico" estruturador da Natureza, como já concebia Goethe em sua fenomenologia ou Rupert Sheldrake nos tempos atuais.

A meditação é considerada hoje, pela neuro ciência, como o 4º estado de consciência (ao lado da Vigília, sono, REM). É um estado de alerta tranqüilo, onde o circuito cerebral está funcionando de forma descondicionada e criativa (como na criança), tornando-se apto para a contemplação. É uma condição potencialmente disponível em qualquer ser humano, demandando apenas treino para ser alcançado.

Nesta palestra teórico prática construiremos, com o participante, passo a passo, uma estrutura de meditação que possa ser utilizada diariamente, alicerçando práticas de qualquer orientação religiosa ou leiga. Este processo pode ser facilitado e potencializado pelo ambiente natural, como temos constatado nas atividades promovidas no Centro de Ecologia Médica “Florescer na Mata” (www.florescernamata.com.br).

Palestrante - Dr. Fernando Bignardi: Formado em Medicina pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP); pós-graduado em Homeopatia, Psicoterapia, Medicina Comportamental, Biologia, Ecologia e Geriatria/Gerontologia.

Todos os encontros ocorrerão das 19:30 às 21:00
Local: Associação Palas Athena - R. Leôncio de Carvalho, 99 Tel. 3266-6188
Contribuição mínima: 10,00 reais*Contribuição sugerida: 20,00 reaisContribuição Gold: 30,00 reais

* o valor mínimo estipulado representa o custo de operação da Palas Athena. Por sermos uma Associação com finalidades assistenciais e atividades públicas, sugerimos dois outros valores que, uma vez aceitos possibilitarão o incremento de nossas atividades gratuitas ou subsidiadas para a comunidade.
Coordenação: Profa. Dra. Elisa Harumi Kozasa e Prof. Stephen LittleElisa é uma das pioneiras em pesquisas em práticas complementares em nosso país. É bióloga pela USP e pós-doutoranda pelo departamento de Psicobiologia da UNIFESP. É instrutora 4º Dan de Aikido, título reconhecido pela International Aikido Federation.
Stephen é um dos pioneiros no Brasil, na aplicação das práticas meditativas na área da saúde. É físico e budista ordenado. É instrutor de programas que envolvem meditação Mindfulness (Atenção Plena) para pessoas com estresse e dor crônica.


Maiores Informações sobre GEMTEcomSAÚDE veja nosso site:
http://gemtecomsaude.wordpress.com/

quinta-feira, 3 de março de 2011

Conquistando a Liberdade (Por Yehuda Berg)


Se não estamos andando para frente, na verdade isso quer dizer que estamos andando para trás. 
Se não pudermos olhar para quem éramos há seis meses ou três anos atrás e sentir que hoje somos pessoas diferentes, alguma coisa está errada. Não estamos nos transformando. Na vida, ou evoluímos ou permanecemos aprisionados.

Alguns de nós conhecem pessoas que sentem como se estivessem cumprindo uma pena em seus trabalhos, na vida familiar, nos relacionamentos, e até mesmo com relação a seus corpos. Talvez você as tenha conhecido há muito tempo atrás, quando ainda poderiam ter evitado o aprisionamento. Talvez mudar fosse muito desconfortável para elas, ou talvez achassem que daria muito trabalho romper o ciclo, e simplesmente desistiram.