domingo, 3 de outubro de 2010

Religião: fonte de autoconhecimento ou alienação?


Apesar de sempre ter buscado o desenvolvimento da minha espiritualidade, em determinados momentos sentia falta de uma experiência mais viva e menos teórica. Atualmente, vemos um número cada vez menor de jovens que se dedicam a espiritualidade e acredito que isso acontece porque o termo religião perdeu o seu sentido e passou a ser confundido com alienação devido à algumas práticas “religiosas”. 

O termo religião (do latim "religio") significa "prestar culto a uma divindade", “ligar novamente", ou simplesmente "religar".  Por outro lado, alienação refere-se à diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar em agir por si próprios. A alienação trata-se do mistério não ser, pois uma pessoa alienada carece de si mesmo.

Existem alguma pessoas que realmente tratam a religião como uma fonte de alienação, ou seja, colocam tudo na “na mão de Deus”(ou em algo maior que acreditam) e atribuem à Deus todas as suas mazelas e alegrias. Possuem uma agenda repleta de atividades com a sua igreja, mas nunca realmente tiveram uma experiência de Deus. Esse tipo de “religião” gera conformismo e passividade em relação ao outro.

Acredito que a verdadeira religião é aquela que proporciona o encontro com o mistério do nosso ser e que nos “religa” com Deus. Nesse sentido, voltamos ao nosso centro, temos consciência do que somos e expandimos o nosso espírito de amor. Esse tipo de “religião”gera ação e amor.

Francis Bacon, filósofo inglês, dizia que um pouco de filosofia leva a mente humana ao ateísmo, mas a profundidade da filosofia leva-a para a religião.

Espero que cada vez mais as pessoas tenham oportunidade de experienciar o verdadeiro sentido do termo religião dentro de suas tradições. E como dizia Mahatma Gandhi: “As religiões são caminhos diferentes convergindo para o mesmo ponto. Que importância faz se seguimos por caminhos diferentes, desde que alcancemos o mesmo objetivo?

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